sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O lobo da estepe - Considerações Iniciais II

A itinerância

- Desde os primeiros encontros, falamos que o espetáculo será itinerante, ou seja, vai conduzir os espectadores por diversos ambientes dentro do espaço em que a peça será apresentada.
- Se eu não me engano, essa idéia surgiu com a possibilidade de estrearmos nO Tablado, cujo prédio propicia tal empreendimento: tem uma sala de leitura, um pátio esterno, acesso aos camarins, coxias, palco e platéia...
- Uma coisa leva a outra: observamos que os livros de Hesse operam por módulos ou estações. O lobo da estepe é dividido em três partes, a Nota do Editor, O Tratado do lobo da estepe, e o relato de Harry Heller propriamente dito. Também percebemos que, Sidarta, por exemplo, desloca-se para lugares muito bem definidos, com "cenários" e "personagens" bem delimitados: os brâmanes, os sâmanas, o prostíbulo, a casa do comerciante, a casa do balseiro na beira do rio... Ou seja, esses ambientes, são como estações em que o herói vai errando até atingir, por assim dizer, a iluminação.
- Como provavelmente vamos estrear na Sala Multiuso do Sesc Copacabana, vamos manter essa idéia de itinerância dividindo o espaço em ambientes distintos, por onde o público será conduzido (Flávio Graff vai propor uma solução bacana, com certeza, mas o Marco André já têm ventilado a possibilidade de usarmos filós que com a iluminação genial de Renato Machado possibilitarão efeitos diversos).

(Daguerre)

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